Abria os olhos pela manhã
Ao toque do maldito despertador
Que avisava a hora
Mas não acabava com o torpor.
Tomava doses cavalares de ansiolíticos
Para aguentar a pressão
Da sua mente
Conturbada
E desesperadamente só.
Não sorria mais
E a cada dia deixava pra trás
Restos de ilusões
Vividas em outras épocas.
Rasgava a pele do rosto
Com as unhas
Como se quisesse
Se livrar da pele
Por vergonha
De ver aquele monstro feio
A encarando no espelho
Pela manhã.
Um dia
Ela foi dormir de porre
Nessa noite
Ela estava se sentido suja
E morta por dentro
Nesse fatídico dia
Ela tomou doses cavalares de desistência
E quando o toque do despertador soou
Pela manhã

Ela não acordou...

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