O céu aberto abre as portas pros monstros saírem, ela dizia sempre
Ela abriu os olhos, pela manhã.
Pulou da cama, com a cara amassada
Os olhos remelentos e inchados
Por ter dormido chorando.
Acendeu um cigarro.
Me olhou de canto
Como quem se desculpa.
Abriu lentamente a janela.
Suspirou.
Fechou a janela.
“O que foi?” eu perguntei.
“Nada” ela sempre dizia.
Mesmo sendo tudo,
Que a aborrecia.
“Que dia feio!” ela exclamou.
“Por que?” eu disse, com os olhos fechados
“Céu azul e limpo demais” ela disse, sentando no chão,
Com o cigarro entre os dedos
E olhar frio, daqueles que congelam
A alma e o coração.
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