Sobre a vida por Amelie, a doida.


Eu era a porra do Bukowski, porém sem as putas. Eu era Sal Paradise e toda a vontade de sair On the Road.
Quando a noite caía eu era Alvares de Azevedo dando adeus aos meus sonhos.
Acordava pela manhã Florbela Espanca, cheia de esperança.
Mas o que eu queria era explodir o mundo ou ser a vilã de um dos contos de Sidney Sheldon ou Harlan Cohben. Então me via indo fracassada para o trampo, rastejando pelas ruas imundas, limpando o vinho que escorria pelo canto da boca e conferindo se não haviam cinzas de cigarros no meu cabelo.
É, meu caro. A vida ia de mal a pior.


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